Manifestações clínicas e complicações operatórias da doença inflamatória pélvica
Keywords:
Doença inflamatória pélvica, Complicações, Manifestações clínicas, Tratamento, InfertilidadeAbstract
Introdução: A doença inflamatória pélvica (DIP) é uma condição infecciosa que afeta os órgãos reprodutivos femininos e pode resultar em complicações severas se não for tratada adequadamente. Caracteriza-se por inflamação dos órgãos pélvicos, incluindo útero, trompas de Falópio e ovários. As manifestações clínicas da DIP frequentemente incluem dor abdominal, febre e secreção vaginal anormal. Sem tratamento adequado, a DIP pode levar a complicações significativas, como infertilidade, dor pélvica crônica e aumento do risco de gravidez ectópica. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são cruciais para prevenir essas complicações e preservar a saúde reprodutiva das pacientes. Objetivo: Analisar a literatura recente sobre as manifestações clínicas e complicações operatórias da doença inflamatória pélvica, com foco nas evidências sobre a prevalência, diagnóstico e gestão dessas condições. Metodologia: Foi conduzida uma revisão sistemática utilizando o checklist PRISMA para garantir a rigorosidade e a transparência na seleção e análise dos estudos. As bases de dados consultadas foram PubMed, Scielo e Web of Science. Os descritores utilizados foram "doença inflamatória pélvica", "complicações", "manifestações clínicas", "tratamento" e "infertilidade". Os critérios de inclusão foram: artigos publicados nos últimos 10 anos, estudos clínicos e revisões sistemáticas, e publicações em inglês, português ou espanhol. Os critérios de exclusão foram: estudos fora do escopo de DIP, artigos não revisados por pares, e publicações com dados desatualizados ou irrelevantes. Resultados: A análise revelou que as manifestações clínicas da DIP variam amplamente, desde sintomas leves, como dor abdominal intermitente, até sintomas graves, como febre alta e dor intensa. Complicações operatórias associadas à DIP incluem aumento do risco de infecções pós-operatórias e dificuldades no manejo cirúrgico devido à aderência pélvica. Estudos indicaram que a DIP não tratada pode resultar em infertilidade em até 10-15% das mulheres afetadas. Além disso, o tratamento adequado, geralmente com antibióticos, mostrou-se eficaz em reduzir as complicações e melhorar os desfechos a longo prazo. Conclusão: Em suma, a doença inflamatória pélvica continua a ser uma condição clínica significativa com potenciais complicações graves. A revisão destacou a importância do diagnóstico precoce e da intervenção adequada para minimizar as complicações operatórias e preservar a saúde reprodutiva.