Traumatismo cranioencefálico em crianças – Prognósticos, intervenções agudas e reabilitação a longo prazo
Keywords:
Traumatismo Cranioencefálico Pediátrico, Prognóstico, Reabilitação a Longo PrazoAbstract
Introdução:O traumatismo cranioencefálico (TCE) em crianças é uma das principais causas de morbidade e mortalidade pediátrica, impactando significativamente o desenvolvimento neurocognitivo e a qualidade de vida a longo prazo. Este estudo revisa os prognósticos, as intervenções agudas e as estratégias de reabilitação a longo prazo no manejo do TCE pediátrico, destacando as abordagens mais recentes e eficazes. Métodos: Foi conduzida uma revisão de literatura utilizando bases de dados como PubMed, Scopus e Web of Science, com artigos publicados a partir de 2019. Foram incluídos estudos focados em prognósticos clínicos, intervenções durante a fase aguda e estratégias de reabilitação para crianças com TCE. A seleção dos artigos envolveu a análise de títulos, resumos e textos completos, priorizando estudos que abordavam crianças de até 18 anos. Resultados: A revisão identificou que o TCE em crianças resulta frequentemente em hospitalização significativa, com variações geográficas na incidência. Biomarcadores como S100b e GFAP mostraram-se promissores na avaliação da gravidade do TCE leve. A neuroimagem, especialmente a ressonância magnética, desempenha um papel crucial na previsão dos desfechos em TCE grave. A reabilitação em regime de internação demonstrou melhorias funcionais, mas os resultados a longo prazo variam amplamente, dependendo da intensidade da reabilitação e da gravidade do TCE inicial. Lesões cervicais associadas ao TCE foram subdiagnosticadas, mas representam um desafio significativo no manejo clínico. Conclusão: O manejo eficaz do TCE em crianças requer uma abordagem integrada, desde intervenções agudas até reabilitação a longo prazo. Embora os cuidados agudos tenham avançado, há uma necessidade contínua de focar na reabilitação e no acompanhamento de longo prazo para melhorar os resultados funcionais e a qualidade de vida. A pesquisa contínua e o desenvolvimento de protocolos padronizados são essenciais para otimizar o cuidado pediátrico em casos de TCE.