O USO DE ESTATINAS NA PREVENÇÃO PRIMÁRIA DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES

Autores

  • Daniella Rodrigues de Carvalho
  • Gustavo Agostinho
  • Adriana Miranda Batista
  • Julia Cabral de Freitas
  • Eduardo Felipe Monteiro Fresz
  • Maria Heloísa Raiz Plácido
  • Ney Ferreira de Sousa Filho
  • Melyssa Rocha Silvestre de Oliveira
  • Matheus Matos Lopes dos Santos

Palavras-chave:

Estatinas, Prevenção Primária, Doenças Cardiovasculares

Resumo

Introdução: O uso de estatinas na prevenção primária de doenças cardiovasculares tem sido uma prática comum devido à sua capacidade de reduzir os níveis de colesterol LDL, um dos principais fatores de risco para doenças cardíacas. A prevenção primária visa evitar o desenvolvimento de doenças cardiovasculares em pacientes que ainda não apresentaram sintomas, mas que têm risco elevado de desenvolvê-las. Embora as estatinas tenham mostrado eficácia em reduzir a incidência de eventos cardiovasculares, o seu uso em pacientes sem sintomas continua sendo um tema de debate, especialmente quanto aos potenciais efeitos adversos e à seleção criteriosa dos indivíduos que mais se beneficiariam com a medicação. Objetivo:  Analisar os impactos do uso de estatinas na prevenção primária de doenças cardiovasculares, destacando os benefícios, riscos e desafios envolvidos no tratamento de pacientes sem sinais clínicos evidentes de doença cardíaca. Metodologia: Realizou-se uma revisão integrativa da literatura, com busca nas bases PubMed, Scopus e Google Scholar utilizando os termos “statins”, “primary prevention”, “cardiovascular diseases”, “cholesterol management”, “risk factors” e “long-term outcomes”. De 320 artigos encontrados, 10 foram selecionados com base em critérios de relevância, qualidade metodológica e foco na prevenção primária. A análise abordou os efeitos das estatinas sobre a redução do risco cardiovascular, os efeitos adversos relatados, e as recomendações para a seleção de pacientes. Resultados e Discussão: O uso de estatinas na prevenção primária tem mostrado eficácia na redução dos níveis de colesterol LDL e na diminuição do risco de eventos cardiovasculares em pacientes de risco elevado. Pacientes com fatores de risco como hipertensão, diabetes e histórico familiar de doenças cardíacas se beneficiam especialmente com a redução da incidência de infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. No entanto, o uso indiscriminado de estatinas em indivíduos sem fatores de risco evidentes levanta preocupações sobre os efeitos adversos, como dores musculares, aumento do risco de diabetes tipo 2 e problemas hepáticos. Conclusão: O uso de estatinas na prevenção primária de doenças cardiovasculares apresenta benefícios substanciais para pacientes com risco elevado de eventos cardíacos. No entanto, a decisão de prescrever estatinas deve ser cuidadosamente feita, levando em consideração o perfil de risco do paciente, os potenciais efeitos adversos e os benefícios a longo prazo. A colaboração entre médicos de diferentes especialidades, como cardiologistas, médicos de atenção primária e endocrinologistas, é essencial para garantir a segurança e a eficácia do tratamento.

Downloads

Publicado

2025-03-18

Edição

Seção

Articles