Manejo do paciente com IC e lesão renal

Autores

  • Matheus Amorim Grigorio
  • Evelin Carrijo Couto Magalhães
  • Amanda Marques Coelho
  • Maria Júlia Ribeiro da Costa
  • Ana Laura Passos de Magalhães
  • Giovanna de Carvalho Meneses Costa
  • Carla Andressa Aguiar de Oliveira
  • Bruno José Almeida Macieira Ramos
  • Luana Mendanha Neto
  • Davidson de Lima Cavassola
  • ⁠Stephany Fernandes de Paiva
  • Érica da Silva de Oliveira
  • Carolina Calandrine Duarte
  • Juliane Alves de Mesquita

Palavras-chave:

Insuficiência Cardíaca, Lesão Renal, Manejo Do Paciente Clínico

Resumo

De acordo com Sue et. al. 1996, a Insuficiência Cardíaca (IC) é uma síndrome clínica complexa decorrente de uma anormalidade estrutural e/ou funcional que causa alteração do enchimento ou da ejeção ventricular e resulta em um débito cardíaco diminuído e/ou elevadas pressões intracardíacas. Como consequência dessa anormalidade, a perfusão tecidual torna-se insuficiente para suprir as demandas metabólicas do organismo, afetando outras funções estruturais tais como a função renal, pois o fluxo de sangue aportado para os rins são consequentemente diminuídos. Tendo em vista que os rins têm papel central na regulação da pressão arterial e o no filtrado que circula pelo organismo, essa revisão reunirá atualizações acerca do manejo do paciente portador de IC com concomitante lesão renal. A priori, o manejo inclui abordagens sobre a mudança do estilo de vida e o uso regular de  medicamentos, como inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA), betabloqueadores, antagonistas do receptor de angiotensina II (ARA II), antagonistas da aldosterona, hidralazina, nitrato, digoxina,  diuréticos, entre outros.

Introdução: O rim é um órgão de papel central na regulação da homeostase corporal, estando intimamente ligado ao sistema cardiovascular, principalmente no que tange ao controle pressórico. Assim, lesões renais são determinantes em quadros cardiológicos, sendo importante fator de mau prognóstico quando presentes. Aqui, será discutida a lesão renal atrelada a um quadro cardiológico de importante prevalência: a insuficiência cardíaca. Metodologia: O atual trabalho trata-se de uma revisão de literatura, o qual a base de dados foi retirada das plataformas SciELO (Scientific Electronic Library Online) e PubMed. A pesquisa foi realizada em Julho de 2023, atendendo aos critérios de inclusão que foram artigos dos anos 2003 a 2023, na língua portuguesa. Discussão: Insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clínica complexa, na qual o coração é incapaz de bombear sangue de forma a atender às necessidades metabólicas tissulares, ou pode fazê-lo somente com elevadas pressões de enchimento. Para início do manejo clínico adequado, deve-se ter em mente que na abordagem inicial dos pacientes com sinais e sintomas sugestivos de IC crônica ambulatorial, recomenda-se a realização de diversos exames laboratoriais complementares, não só para avaliar a presença e a gravidade de lesão de outros órgãos-alvo e detectar comorbidades,62 como também para verificar fatores agravantes do quadro clínico. A realização de exames seriados pode ser necessária para monitoração de variáveis de segurança, durante o tratamento da IC, incluindo função renal e eletrólitos. Aproximadamente um terço dos pacientes com descompensação de insuficiência cardíaca (IC) também podem apresentar um comprometimento agudo da função renal, sendo esta caracterizada a SCR tipo 1. Conclusão: Tendo em vista que a IC é uma condição clínica de bastante relevância devido à alta incidência e prevalência que se somam à importante morbimortalidade, é imprescindível o adequado manejo clínico para prevenir possíveis complicações advindas dessa condição.

Downloads

Publicado

2024-08-15

Edição

Seção

Articles