Diabetes Mellitus tipo 1 em lactentes prematuros
Palavras-chave:
Diabetes Mellitus Tipo 1, Lactentes prematuros, Hiperglicemia neonatal, Autoimunidade e Manejo glicêmicoResumo
Introdução: Diabetes Mellitus Tipo 1 (DM1) é uma doença autoimune crônica caracterizada pela destruição das células beta pancreáticas, responsáveis pela produção de insulina. Em lactentes prematuros, definidos como aqueles nascidos antes de 37 semanas de gestação, a ocorrência de DM1 é rara e apresenta desafios diagnósticos e terapêuticos específicos. Esses bebês enfrentam complicações devido à imaturidade dos sistemas orgânicos, incluindo distúrbios metabólicos e intolerância à glicose. A prematuridade, com suas complicações associadas, pode influenciar o desenvolvimento e o manejo do DM1, tornando essencial a compreensão das particularidades desta condição nesse grupo vulnerável. Objetivo: Esta revisão sistemática de literatura teve como objetivo investigar a incidência, os desafios diagnósticos e as estratégias de manejo do Diabetes Mellitus Tipo 1 em lactentes prematuros. Metodologia: A metodologia seguiu o checklist PRISMA e envolveu uma busca nas bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science, utilizando os seguintes descritores: "Diabetes Mellitus Tipo 1", "lactentes prematuros", "hiperglicemia neonatal", "autoimunidade" e "manejo glicêmico". Foram incluídos artigos publicados nos últimos 10 anos. Os critérios de inclusão foram: estudos que abordavam a incidência de DM1 em lactentes prematuros, pesquisas que detalhavam métodos diagnósticos específicos para essa população, e artigos que discutiam estratégias de manejo e tratamento. Critérios de exclusão incluíram estudos focados exclusivamente em DM1 em crianças mais velhas, artigos que não mencionavam prematuridade, e publicações não disponíveis em texto completo. Resultados: Os resultados revelaram que a incidência de DM1 em lactentes prematuros é rara, com poucos casos documentados na literatura. Os principais desafios diagnósticos incluíram a sobreposição de sintomas com outras condições neonatais e a necessidade de testes laboratoriais específicos para confirmar a presença de autoanticorpos. As estratégias de manejo destacaram a importância do monitoramento contínuo da glicose para evitar hipoglicemias e a administração cuidadosa de insulina adaptada às necessidades variáveis dos lactentes. Além disso, estudos indicaram que o controle glicêmico rigoroso é crucial para minimizar complicações a longo prazo e promover o desenvolvimento saudável. Conclusão: A revisão sistemática evidenciou que, embora raro, o DM1 em lactentes prematuros apresenta desafios únicos em termos de diagnóstico e manejo. A identificação precoce e o tratamento adequado são essenciais para melhorar os resultados clínicos e reduzir o impacto negativo no desenvolvimento dos bebês. Mais pesquisas são necessárias para aprofundar o entendimento sobre essa condição e desenvolver diretrizes específicas para o manejo do DM1 em prematuros.