ÁLCALI-ATIVAÇÃO DE METACAULIM E RESÍDUO DE TIJOLO MOÍDO COM HIDRÓXIDO DE SÓDIO: INFLUÊNCIA DA MOLARIDADE E DA TEMPERATURA DE CURA

Autores

  • R.C. Novaes-Rangel
  • D.P. Dias
  • J.C. Soares

DOI:

https://doi.org/10.56238/rcsv15n2-008

Palavras-chave:

Ativação Alcalina, Metacaulim, Resíduo de Tijolo Moído, Eflorescência

Resumo

Os cimentos álcali-ativados são materiais de construção que têm origens históricas ligadas aos anos 1940, quando foram explorados como alternativa ao cimento Portland. Ao longo das décadas a pesquisa nessa área progrediu, tornando-os uma opção inovadora e sustentável na construção civil, com propriedades que favorecem a durabilidade e a resistência. Neste estudo, a argamassa com 100% de metacaulim (MC) como precursor atingiu máxima resistência à compressão (34,5 MPa) quando ativada a 12,5 mol/litro e curada a 80ºC. Todavia, à medida que o resíduo de tijolo moído (RTM) foi adicionado, o pico da resistência à compressão se deslocou para argamassas de menores concentrações molares do ativador alcalino. A menor resistência foi de 0,4 MPa na amostra com 100% de RTM, ativada com 12,5 mol/litro e curada à temperatura ambiente. Essa diferença de 86,5 vezes tem causas diversas, dentre elas o grau cristalinidade do RTM, a alta viscosidade da mistura, que dificultou a compactação, e a perda de água gradativa pela não formação de uma matriz compacta. No ensaio de absorção de água por capilaridade, as argamassas com 100% de RTM apresentaram eflorescência, evidenciando a baixa viabilidade técnica para sua utilização. Este estudo demonstrou a superioridade do MC em relação ao RTM e o significativo ganho de resistência destas argamassas quando submetidas à cura térmica. Observou-se que a temperatura de cura para baixas molaridades não influenciou estatisticamente a resistência à compressão. Todavia, este fator foi preponderante na quantidade de eflorescência formada.

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Publicado

2025-02-19

Como Citar

Novaes-Rangel, R., Dias, D., & Soares, J. (2025). ÁLCALI-ATIVAÇÃO DE METACAULIM E RESÍDUO DE TIJOLO MOÍDO COM HIDRÓXIDO DE SÓDIO: INFLUÊNCIA DA MOLARIDADE E DA TEMPERATURA DE CURA. Revista Sistemática, 15(2), 108–132. https://doi.org/10.56238/rcsv15n2-008