Manejo integral da terapia antidepressiva em psiquiatria pediátrica

Autores

  • Juciane Valentim

DOI:

https://doi.org/10.56238/rcsv14n4-017

Palavras-chave:

Psiquiatria Pediátrica, Antidepressivos, Farmacêuticos, Polifarmácia, Sintomas de Ativação

Resumo

O manejo de medicamentos antidepressivos em crianças e adolescentes envolve uma consideração cuidadosa devido aos seus perfis farmacocinéticos e farmacodinâmicos únicos. Os farmacêuticos são parte integrante desse processo, garantindo que os medicamentos sejam usados corretamente e monitorando a eficácia e os efeitos adversos. Os antidepressivos são prescritos para várias condições, incluindo depressão maior, transtorno obsessivo-compulsivo e transtornos de ansiedade. Dadas as diferenças metabólicas específicas da idade, o tratamento deve ser adaptado e monitorado de perto quanto a efeitos colaterais, como ganho de peso, distúrbios do sono e impactos no desenvolvimento neuromotor. A revisão de Cardy, Dhaliwal e Reddy (2017) destaca o aumento do uso de antidepressivos em pacientes pediátricos desde o final da década de 1990, com um ressurgimento após um breve declínio devido a preocupações regulatórias. A prevalência da prescrição off-label, apesar da aprovação limitada do FDA para muitos antidepressivos nessa faixa etária, levanta questões importantes sobre sua eficácia e segurança. Walkup (2017) enfatiza o papel do farmacêutico no gerenciamento desses tratamentos, enfatizando a necessidade de monitoramento cuidadoso e planos de tratamento individualizados. Taurines et al. (2011) destacam a importância de combinar a terapia antidepressiva com intervenções não farmacológicas, como a psicoterapia, para o manejo de sintomas depressivos graves. Hetrick et al. (2012) revisam a eficácia de antidepressivos mais recentes, particularmente ISRSs, observando benefícios modestos, mas também um risco aumentado de resultados relacionados ao suicídio, recomendando a fluoxetina como opção de primeira escolha. Díaz-Caneja et al. (2014) investigam o aumento da polifarmácia envolvendo antidepressivos e outras drogas psicotrópicas, destacando a necessidade de mais pesquisas para entender sua eficácia e segurança. Por fim, Luft et al. (2018) abordam a questão dos sintomas de ativação associados aos antidepressivos, ressaltando a necessidade de melhor compreensão e gerenciamento. No geral, uma abordagem colaborativa envolvendo farmacêuticos, médicos e pesquisadores é essencial para garantir uma terapia antidepressiva segura e eficaz para pacientes pediátricos, enfatizando a necessidade de pesquisas contínuas e práticas baseadas em evidências.

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Publicado

2024-09-03

Como Citar

Valentim, J. (2024). Manejo integral da terapia antidepressiva em psiquiatria pediátrica. Revista Sistemática, 14(4), 980–984. https://doi.org/10.56238/rcsv14n4-017