Modificações fisiológicas e a classificação de Mallampati: Intercorrências na intubação traqueal
DOI:
https://doi.org/10.56238/isevjhv3n2-033Palavras-chave:
Mallampati, Intubação orotraqueal, Modificações.Resumo
Introdução: A dificuldade na intubação traqueal é um fator significativo para a morbimortalidade. Assim, Mallampati possibilitou que fosse prevista com antecedência. Sua classificação é realizada a partir da visualização de estruturas faríngeas e é uma avaliação anestésica simples. Na prática, algumas circunstâncias podem modificar a classificação de Mallampati, gerando maior complexidade na intubação, sendo de importância médica o conhecimento dessas. Objetivos: Revisar a literatura sobre circunstâncias que alterem a classificação de Mallampati. Métodos: Realizou-se uma revisão da literatura sobre possíveis alterações fisiológicas responsáveis por modificações na classificação de Mallampati. Pesquisou-se nas bases de dados Medline, Scielo e CRD os termos: “Mallampati modification” e “Mallampati score” associado a “anaphylaxis” e “labor” e os artigos foram submetidos a análise crítica. Resultados: Entre as interferências no escore de Mallampati, está a anafilaxia, que resulta em edema de vias aéreas superiores, afetando a classificação. Além disso, gravidez e trabalho de parto podem influenciar no escore. Alguns fatores como o crescimento dos seios, ganho ponderal e edema faríngeo aumentam o índice em gestantes. Além disso, há edema de vias aéreas, explicado pelos esforços e aumento da pressão venosa na parte superior do corpo. Ademais, a sobrecarga de líquidos e o efeito antidiurético da ocitocina geram alterações nas vias aéreas. Outra situação é a de pacientes pediátricos, onde 13% dos problemas respiratórios na anestesia estão relacionados à dificuldade de intubação. Em crianças entre 4 e 8 anos sem malformações, o índice mostrou-se aplicável. Entretanto, há impossibilidade de sua realização naqueles abaixo de 4 anos. Conclusões: O escore de Mallampati complementa o julgamento de um exame geral que inclui anamnese e inspeção física da estrutura craniofacial para identificar fatores de risco, levando em consideração outras situações que podem interferir na classificação. Portanto, é necessária uma compreensão das limitações para sua correta aplicação.