Perfil de risco cardiovascular na idade infantojuvenil numa Escola Portuguesa
Palavras-chave:
Hipertensão arterial, Crianças, Pressão arterial, Fatores de risco, Adolescentes.Resumo
Introdução: A Hipertensão arterial (HTA) é um dos fatores de risco mais importante para o desenvolvimento de doenças cerebrocardiovasculares sendo esta uma das principais causas de mortalidade e morbilidade em Portugal. Objetivo: Avaliar a prevalência da pressão arterial elevada e o perfil lipídico na idade infantojuvenil, em estudantes do 2º e 3º ciclo e ensino secundário de um Agrupamento de Escolas em Portugal. Metodologia: A amostra foi recolhida num agrupamento de escolas no interior de Portugal, junto dos alunos que frequentam desde o 5º ano ao 12º ano de escolaridade. A amostragem é constituída por um total de 156 alunos, com idades compreendidas entre os 10 e os 18 anos. Foi proposto o preenchimento de um questionário e foi realizada a medição da pressão arterial em cada indivíduo e a avaliação do perfil lipídico em cada indivíduo. A recolha e o tratamento analítico dos dados para a realização deste estudo requereram a submissão e pedido de autorização à Comissão de Ética do Instituto Politécnico de Castelo Branco seguida da autorização da direção do agrupamento de escolas. Resultados: A prevalência de pressão arterial elevada foi de 38.8% e superior no sexo masculino. Observou-se uma maior prevalência de HTA e de níveis elevados de triglicerídeos nos alunos que não praticavam exercício físico fora da escola e nos indivíduos que ingeriam maiores quantidades de carne, que também apresentavam uma maior prevalência de níveis de colesterol de lipoproteína de alta densidade (HDL) inferiores ao expectável. Discussão e Conclusão: Neste estudo, observou-se uma elevada percentagem de HTA e de alterações no perfil lipídico entre os alunos do ensino secundário desta escola no interior de Portugal como tem sido observado noutros estudos. Concluiu se que é fundamental a realização de mais estudos, rastreios e de investigações que identifiquem precocemente estes casos, de forma a amenizar os riscos cerebrocardiovasculares.
