Resumo
A Revolução Russa de 1917 foi uma tentativa de combater a profunda desigualdade social da Rússia czarista, fruto de séculos de uma estrutura social rígida. No final do século XIX e início do XX, a Rússia vivia uma industrialização tardia, o que agravou as condições precárias da classe trabalhadora, com falta de direitos e exploração nas fábricas. As ideias marxistas sobre a revolução enfrentaram desafios, pois a maior parte da população, composta por camponeses e operários, continuava à margem do progresso. As divergências entre Marx e os populistas russos tornaram difícil a implementação da revolução em uma sociedade agrária.
No Brasil contemporâneo, a desigualdade social também é alarmante, com um Coeficiente de Gini elevado, posicionando o país como um dos mais desiguais do mundo, refletindo desigualdade em áreas como empregos, alimentação, educação e lazer. Embora os contextos históricos e políticos sejam distintos, ambos os países enfrentam problemas estruturais que excluem as classes menos favorecidas e dificultam sua mobilidade social.
Este artigo propõe uma análise comparativa entre Brasil e Rússia, investigando como os sistemas políticos e econômicos contribuem para a perpetuação da desigualdade. Com base em autores como Bourdieu e Piketty, o estudo busca identificar as causas dessas desigualdades e sugerir reformas para enfrentá-las, destacando a importância de discutir o papel das instituições políticas e legislativas na manutenção dessas disparidades sociais.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.037-057