Resumo
A assistência pré-natal é essencial para garantir a saúde materno-infantil, com foco na prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado de infecções congênitas e gestacionais, que podem trazer complicações graves para a gestante e o feto. A identificação de gestantes de alto risco é um passo crucial para iniciar um acompanhamento especializado e preventivo. O pré-natal ideal deve incluir pelo menos seis consultas, conforme recomendado pelo Ministério da Saúde, mas enfrenta desafios como o acesso restrito e a baixa adesão. Durante a gestação, é imprescindível monitorar infecções como rubéola, toxoplasmose, sífilis, hepatites B e C e HIV, todas com potencial de afetar a saúde do bebê e da mãe. Cada uma dessas infecções possui características, riscos e protocolos de diagnóstico específicos. A rubéola, por exemplo, pode causar defeitos congênitos graves, assim como, a toxoplasmose, que apesar de muitas vezes ser assintomática, pode levar a anomalias fetais quando transmitida nas primeiras semanas. A sífilis, se não tratada adequadamente, pode resultar em morte fetal ou sequelas neonatais, sendo a penicilina o tratamento principal. Já as hepatites B e C exigem acompanhamento rigoroso, pois afetam o fígado da mãe e podem influenciar a saúde do feto, enquanto o HIV requer protocolos específicos para reduzir a transmissão vertical. A prevenção dessas doenças depende tanto do diagnóstico quanto do tratamento precoce e de orientações educativas, como a vacinação para rubéola em mulheres em idade fértil e o aconselhamento sobre práticas alimentares e sexuais seguras. A assistência multidisciplinar e o suporte às gestantes de alto risco são fundamentais para minimizar os riscos de complicações e promover melhores resultados para a mãe e o bebê, consolidando a importância do pré-natal como ferramenta de saúde pública.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.021-012