Resumo
Introdução: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Esse agravo persiste como um relevante problema de saúde pública, ocupando o segundo lugar no ranking mundial de morbidade, sendo uma das doenças negligenciadas mais importantes para estudo. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos casos de hanseníase notificados no estado de Pernambuco no período de 2013 a 2022. Métodos: Estudo epidemiológico, de corte transversal, realizado em Pernambuco, utilizando dados do (SINAN) e do (IBGE). Foi calculada a taxa de detecção anual, as frequências absoluta (n) e relativa (%) das variáveis sexo, raça/cor, faixa etária, escolaridade, forma clínica de notificação, avaliação da incapacidade da cura e baciloscopia, com um nivel de significância estatística de 5% (p<0,05). Os dados foram analisados utilizando o Microsoft Excel 2019® e o software R 4.0.2. Resultados: Foram notificados 28.109 casos, com uma taxa de detecção de 28,65 casos/100 mil hab. A maioria dos casos ocorreu no sexo masculino (51,71%); raca/cor parda (58,22%); faixa etária 40-59 anos (37,59%); e ensino fundamental incompleto (34,99%). A forma clínica predominante foi a dimorfa (38,84%). Na avaliação da incapacidade da cura a categoria “ignorado/em branco” foi a mais prevalente (45,27%), seguida pelo Grau Zero (37,16%); a baciloscopia não foi realizada em 34,91%. Conclusão: Os resultados desse estudo são importantes, pois embora apresente uma tendência de diminuição dos casos de hanseníase no período, alguns anos notou-se picos de aumento. Isso evidencia a necessidade de fortalecer as ações de vigilância em saúde e implementar políticas públicas eficazes para o enfrentamento dessa doença.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.025-031