Resumo
Tendo em vista que os resíduos da acerola não são aproveitados como fonte nutricional para alimentação humana e que existe, ainda, um desconhecimento por parte da comunidade científica a respeito desses resíduos, fez-se necessário a elaboração da farinha dos resíduos da acerola. O objetivo deste trabalho foi desenvolver massas alimentícias contendo farinha dos resíduos da acerola, assim como a caracterização físico-química e tecnológica das massas elaboradas. A farinha do bagaço da acerola foi incorporada especificamente nas concentrações de 0%, 3%, 5%, 7% e 10% em relação da farinha de trigo, e a qualidade das massas alimentícias desenvolvidas foram avaliadas através de testes de cozimento (tempo de cozimento, absorção de água, aumento de massa após o cozimento), acidez total e pH. As massas alimentícias foram elaboradas no Laboratório de Panificação e as análises químicas e tecnológicas realizadas no Laboratório de Química do IFMA São Luís - Campus Maracanã. As sementes inteiras e desidratadas das acerolas foram trituradas com auxilio de um liquidificador domestico e peneiradas numa peneira de 40 mesh para obtenção da farinha. O processo de produção da massa alimentícia tipo “massa seca” foi desenvolvida de acordo com as seguintes etapas: preparo, mistura, amassamento, laminação, corte, secagem, empacotamento, e cocção. Os dados obtidos nas análises químicas e tecnológicas mostraram que as massas alimentícias desenvolvidas estão dentro da legislação, o que indica uma massa alimentícia adequada. De acordo com os resultados obtidos, conclui-se que a farinha do bagaço da acerola pode ser adicionada na formulação de massas alimentícias, pois é uma alternativa na elaboração de novos produtos e aproveitamento de residuo da fruta acerola.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.023-010