Resumo
A interação entre o adoecimento humano e sua história pessoal revela-se como um aspecto importante na compreensão da saúde. Somos seres psicossomáticos, em que mente e corpo estão intrinsecamente conectados. Recentemente, a psiconeuroimunologia e neurociências têm destacado a complexa interação entre fatores psicológicos e fisiológicos na saúde, superando a dicotomia entre o psíquico e o orgânico. Diante desse cenário, a infecção viral, como no caso da dengue, desencadeia respostas complexas tanto em nosso sistema imunológico quanto em nosso estado mental, influenciadas por experiências individuais e contextos sociais. Os impactos neuropsicológicos da dengue abrangem uma ampla gama de sintomas, incluindo comprometimento da memória, dificuldades de concentração, alterações de humor, disfunções executivas e distúrbios de linguagem. Essas manifestações refletem não apenas a gravidade da doença, mas também a necessidade urgente de uma compreensão mais aprofundada e de estratégias de intervenção mais eficazes. Neste contexto, este estudo visa explorar os aspectos neuropsicológicos associados à dengue, fornecendo uma revisão crítica e sintética da literatura. Ao compreender melhor os impactos da dengue no funcionamento cognitivo e emocional dos indivíduos afetados, estaremos melhor equipados para enfrentar os desafios que esta doença apresenta, promovendo uma abordagem mais abrangente e eficaz para seu manejo e prevenção.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.011-004