Resumo
O presente artigo visou identificar os limites, as possibilidades de atuação e empoderamento dos atores sociais na efetivação do programa, com foco no desenvolvimento pessoal e social, considerando operacionalização do PNAE, à luz das Teorias das Redes Sociais, Teoria da Prática Social e do Desenvolvimento. Utilizou-se como procedimento metodológico uma abordagem quanti-qualitativa, com base no estudo de Caso, envolvendo 07 municípios da Zona da Mata mineira, por meio de 53 entrevistas semiestruturada aplicadas aos agricultores familiares, cujos dados foram analisados através da triangulação de técnicas manuais e automatizadas pelo software IRaMuTeQ e Microsoft Office Excel. Os resultados identificaram que o perfil dos agricultores familiares atende às características que o PNAE busca promover, e apontaram as contribuições e desafios envolvidos no processo da implementação do programa. Evidenciando ainda que a interação dos agricultores familiares nas redes sociais do PNAE pode influenciar suas ações e percepções, moldando seus comportamentos de acordo com a estrutura em que estão inseridos. Conclui-se que o PNAE desempenha um papel significativo no desenvolvimento pessoal e social, mas que existem desafios, como, excesso de burocracia, atraso das chamadas públicas, desinteresse dos agricultores familiares em participar do PNAE, barreiras para criação de cooperativas e associações, dentre outras, que precisam ser repensados e superados para avançar ainda mais o desenvolvimento da região.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.007-024