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Agregados de α-sinucleína e a doença de Parkinson

Oliveira IC;
Santos TA;
Covizzi IVB;
Scalon T;
Bôas JRV;
Andrade FEC;
Lima ARA;
Vayego SA;
Covizzi UDS

Isadora Cucolo Oliveira

Tárik Abdalla dos Santos

Ian Vilas Boas Covizzi

Thatiana Scalon

João Renato Villas Bôas

Frans Eberth Costa Andrade

Alba Regina de Abreu Lima

Sheila Adami Vayego

Uderlei Doniseti Silveira Covizzi


Resumo

A Doença de Parkinson (DP) é caracterizada pela degeneração progressiva dos neurônios dopaminérgicos da substância nigra, levando a alterações motoras que evoluem para tremores, rigidez e bradicinesia com instabilidade postural. Com o tempo, se observa distúrbios cognitivos, como demência leve, alterações emocionais como depressão e ansiedade, distúrbios autonômicos e do sono. Equivale a segunda enfermidade neurodegenerativa mais prevalente entre a população idosa, configurando-se como um quadro clínico crônico e progressivo. Atualmente é classificada como uma sinucleinopatia, pertencente a um grupo de doenças caracterizadas pela deposição anômala da proteína alfa-sinucleína. Essa proteína se agrega de forma anormal no tecido neuronal, dando origem aos corpos de Lewy. A α-sinucleína é uma proteína solúvel de 140 aminoácidos que aparece de forma abundantemente nos terminais sinápticos dos neurônios. A sequência de aminoácidos N terminal de 1-60 é composto por várias lisinas e essas repetições parecem ser importantes para a interação aos lipídios da vesícula. A sequência central que envolve os resíduos de aminoácidos 61-95 é a porção mais hidrofóbica da proteína, sendo conhecida como componente não amiloide beta, capaz de mudar o seu estado de hélice para folha beta pregueada, expondo os grupos hidrofóbicos e favorecendo a agregação proteica. Os resíduos 96-140 do C terminal são constituídos principalmente por aminoácidos ácidos, com carga negativa, necessário para a ligação do cálcio. Os mecanismos patogênicos da DP envolvem o enovelamento incorreto e a agregação de α-sinucleína, falha no metabolismo dessas proteínas por deficiência no sistema proteossoma/ubiquitina ou fagolisossomal, disfunção mitocondrial, inflamação e estresse oxidativo. A maioria dos casos de Parkinson são caracterizados por apresentarem natureza esporádica, correspondendo a cerca de 90-95%. As formas monogênicas podem apresentar caráter recessivo ou dominante, consistindo somente em 30% dos casos familiares e responsabilizando-se somente com 3 -5% dos casos esporádicos. 

 

DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.001-055


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Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Isadora Cucolo Oliveira, Tárik Abdalla dos Santos, Ian Vilas Boas Covizzi, Thatiana Scalon, João Renato Villas Bôas, Frans Eberth Costa Andrade, Alba Regina de Abreu Lima, Sheila Adami Vayego, Uderlei Doniseti Silveira Covizzi

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  • Isadora Cucolo Oliveira
  • Tárik Abdalla dos Santos
  • Ian Vilas Boas Covizzi
  • Thatiana Scalon
  • João Renato Villas Bôas
  • Frans Eberth Costa Andrade
  • Alba Regina de Abreu Lima
  • Sheila Adami Vayego
  • Uderlei Doniseti Silveira Covizzi