Resumen
Introdução: As doenças cardiovasculares são as principais causas de morbidades e mortalidade em todo o mundo. Uma das formas de acesso ao hospital pode ser a assistência pré-hospitalar móvel. O objetivo desse estudo foi verificar os fatores de risco para o desenvolvimento de óbito em pacientes com síndrome coronariana aguda oriundos da assistência pré-hospitalar móvel e encaminhados para um serviço médico de emergência em um Centro Hospitalar e Universitário do Brasil. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte prospectivo de pacientes admitidos no serviço médico de emergência, no período de 2021 com síndrome coronariana aguda oriundos da assistência pré-hospitalar móvel. Coletou-se da assistência pré-hospitalar móvel informações sociodemográficas e de atendimento. Durante a internação hospitalar foram coletadas características clínicas da admissão e do atendimento. A associação entre variáveis qualitativas foi realizada pelo teste qui-quadrado ou Exato de Fisher. Em relação as variáveis numéricas, a verificação de normalidade foi realizada com a utilização do teste Kolmogorov-Smirnov seguido do teste não paramétrico de Mann-Whitney. Resultados: Verificou se a incidência de óbito em 8,4% nos 84 participantes incluídos. A maioria das vítimas eram: do sexo masculino (66,7%), idosos (60,7%), pardos (88,1%), atendidos no período vespertino (38,1%), com gravidade presumida crítica (92,9%), enviou-se unidade de saúde avançada (94%) e a origem do chamado que resultou no óbito era extra domicílio (78,6%). Quanto as características clínicas da admissão hospitalar a maioria apresentava: dor torácica típica (86,9%), fator de risco para doença cardiovascular presentes (85,7%), o diagnóstico clínico mais comum foi infarto com supra do segmento ST (60,7%) estavam alerta (83,3%). Quanto ao atendimento hospitalar, a maioria obteve suplementação de oxigênio (84,5%), foram internados no pronto-socorro (81%), realizaram intervenção coronariana percutânea (67,9%) e ecocardiograma (79,8%). Comportaram-se como fator de risco para óbito (p<0,05): a dor atípica, o diagnóstico clínico de pós-parada cardiorrespiratória, nível de consciência na escala AVDI, a presença de dor ou inconsciência, receberam suplementação de oxigênio, tratamento clínico, ausência de realização de ecocardiograma, fração de ejeção do ventrículo esquerdo, saturação de oxigênio além de frequência cardíaca e respiratória. Conclusão: A incidência de óbito foi de 8,4% e verificou-se fatores de risco clínicos e do atendimento intrahospitalar com a ocorrência de óbito, o que enfatiza a importância dos fatores relacionados ao óbito em paciente com síndrome coronariana aguda para otimizar os desfechos clínicos e reduzir a mortalidade.
DOI: https://doi.org/10.56238/sevened2025.011-019