Resumen
O envelhecimento humano ocorre de maneira natural e progressiva e provoca alterações biológicas, mentais e sociais no idoso, afetando diretamente a sua saúde. Dentre os problemas que podem acontecer no longevo, destaca-se o surgimento das doenças crônicas não transmissíveis, as quais necessitam do uso de vários medicamentos e acompanhamento médico constante. Esses fatores contribuem para a diminuição da autonomia e independência do longevo. Os objetivos deste trabalho foram determinar as características sociodemográficas e de institucionalização dos idosos residentes em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos, verificar os medicamentos utilizados e identificar a presença de polifarmácia. Trata-se de um estudo retrospectivo, de caráter descritivo, do tipo transversal, com os dados provenientes dos prontuários de idosos institucionalizados em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI), localizada na cidade de Fortaleza/CE. As informações foram submetidas à análise estatística usando o programa Microsoft Excel 2020® e o trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Ceará com o número do parecer 6.561.475. Como resultado obteve-se uma amostra composta integralmente por mulheres, sendo a faixa etária entre 80 e 89 anos a mais recorrente. A maioria das residentes eram solteiras, raça branca, tinham ensino fundamental incompleto, provenientes do interior do estado, possuíam algum tipo de limitação física e não tinham história de internação hospitalar nos últimos 2 anos. Estavam institucionalizadas no período de 1 a 5 anos, possuíam fonte de renda proveniente da aposentadoria e para 41% das residentes, o principal motivo da institucionalização foi a ausência de familiares próximos. Acerca das comorbidades, as mais prevalentes foram a hipertensão e o diabetes mellitus. A polifarmácia esteve presente na maioria dos prontuários, sendo a losartana, sinvastatina, metformina e quetiapina os medicamentos mais utilizados pelas longevas. O estabelecimento do perfil das idosas e o conhecimento da prevalência dos medicamentos mais usados na ILPI foi importante e esses dados podem servir de subsídio para o planejamento mais adequado da terapia medicamentosa.
DOI: https://doi.org/10.56238/sevened2025.008-037