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INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E EDUCAÇÃO NA MODERNIDADE LÍQUIDA: ENTRE ENCANTOS E RISCOS

Gilson José Gonchorovski

Claudionei Vicente Cassol


Resumen

Esta reflexão compreende o impacto da Inteligência Artificial na Modernidade Líquida e na Educação. Vivemos em uma era marcada pela intensa dependência de recursos tecnológicos, essenciais para o trabalho, os estudos e diversas atividades que tanto sustentam quanto ameaçam a vida humana. O dilema central reside na relação entre o ser humano – único dotado de inteligência racional, com potencialidades naturais e aprimoramento cultural – e a máquina, equipada com a Inteligência Artificial. Criada pela razão humana, a Inteligência Artificial se propõe, em certa medida, a replicar e até substituir a capacidade intelectual das pessoas, levantando a questionamentos éticos e existenciais sobre os limites e as possibilidades dessa interação. Essa reflexão ensaia, criticamente, perspectivas e indagações a partir de estudos bibliográficos e das mensagens apresentadas em uma gama extensa de filmes. Na concepção de Alan Mathison Turing, em Inteligência Artificial, por milhares de anos a humanidade tem procurado entender como se dá o fenômeno do pensar e do conhecer. Essa perspectiva parece ter ativado o “campo da Inteligência Artificial” para ir além e “não apenas compreender, mas também construir entidades inteligentes”. O trabalho de Turing começou logo após a Segunda Guerra Mundial e, em 1956, criou o termo Inteligência Artificial. Compreender a Educação no contexto da tecnologia e do avanço da Inteligência Artificial, à luz do sociólogo Zygmunt Bauman, em 44 Cartas do Mundo Líquido Moderno, especialmente no capítulo “O mundo é inóspito à Educação?”, leva-nos a refletir sobre uma crise que atravessa a humanidade. Diferente das crises anteriores, a atual atinge diversos setores de forma profunda e acelerada. À proporção que a Inteligência Artificial avança, ultrapassando fronteiras éticas e desafiando o controle da racionalidade, torna-se imperativo que a humanidade adote uma postura crítica. A Educação, nesse cenário, deve promover um diálogo contínuo com a tecnologia, permitindo que as decisões tomadas impactem todas as esferas da sociedade. Além disso, o avanço da Inteligência Artificial pode agravar desigualdades sociais e econômicas, refletindo diretamente na cultura e na Educação.

DOI: https://doi.org/10.56238/sevened2024.037-193


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Derechos de autor 2024 Gilson José Gonchorovski, Claudionei Vicente Cassol

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