Resumen
O presente estudo transversal teve como objetivo avaliar a prevalência de retração gengival (RG) em uma amostra de 50 pacientes atendidos na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), com média de idade de 38,1 anos. A RG, caracterizada pela migração apical do tecido gengival e consequente exposição da raiz dentária, foi identificada em 66% dos participantes, com maior incidência observada nos pré-molares (38,7%). A pesquisa revelou predominância do fenótipo periodontal espesso (74,8%) e as classificações de Pini-Prato A- e Cairo Tipo I, sugerindo recessões superficiais e sem perda de inserção proximal.A hipersensibilidade dentinária foi identificada em 36% dos casos, percentual inferior ao esperado, provavelmente em razão da menor extensão das recessões. Os resultados indicaram que a maioria dos participantes realiza escovação frequente (66% escovam os dentes três vezes ao dia), embora haja indícios de que hábitos inadequados possam contribuir para o desenvolvimento da RG. Observou-se ainda uma predominância feminina (58%) e uma alta prevalência de indivíduos com renda inferior a um salário-mínimo (72%), sugerindo a possível influência desses fatores sociodemográficos na ocorrência da condição.Este estudo reforça a relevância da avaliação detalhada do fenótipo periodontal e dos fatores comportamentais na abordagem preventiva e terapêutica da RG, além de destacar a necessidade de estudos futuros com amostras mais amplas e representativas, a fim de aprofundar o entendimento sobre a condição e seus fatores associados.
DOI: https://doi.org/10.56238/sevened2024.034-012