AVALIAÇÃO DE DOSE ASSOCIADA A PATOLOGIA

Resumen

Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar como as alterações realizadas nos parâmetros de exposição devido as suspeitas patológicas, podem elevar a dose em radiografia de tórax em dois posicionamentos, póstero-anterior e perfil, e se a dose entregue ao paciente está de acordo com o valor recomendado pela RDC 611/2022 (IN nº 90). Metodologia:  Foi realizado um estudo exploratório e descritivo a partir de dados previamente coletados de forma observacional em um hospital da cidade de Salvador-BA. Foram coletados 200 parâmetros de exposição (tensão e produto corrente tempo), dos 100 pacientes, e quais foram as patologias associadas a cada um deles. Estes dados coletados foram reproduzidos no equipamento de raios X fixo digital, pertencente à clínica escola do Instituto Federal da Bahia. Foi utilizado um sistema de medição de raios X com câmara de ionização e sensores de dose de estado sólido específicos para raios X, que indicou o valor da dose de entrada na pele (DEP) em software instalado em laptop. Resultados: Constatou-se que o valor de DEP entregue aos pacientes está de acordo com o valor de referência máximo estabelecido pela RDC 611/2022 (IN nº 90). Os valores dos parâmetros de exposição demonstraram que mesmo pela alteração fisiológica causada pelos patógenos, a tensão (kV) pouco foi alterada, enquanto o valor do produto corrente tempo (mAs) teve um grande acréscimo de 210% entre as incidências. Conclusão: Apesar do valor encontrado para a dose de entrada na pele estar de acordo com os limites estabelecidos, foi notado que para cada patologia, pouco se foi feito para uma alteração proporcional dos parâmetros selecionados, não somente para as suspeitas patológicas, como também entre as incidências, enquanto a penetrabilidade do feixe pouco foi alterada, a quantidade de raios X produzidos foi duplicado, aumentando a dose sem de fato ter um valor diagnostico para a imagem.

DOI: https://doi.org/10.56238/sevened2024.039-018