Resumen
INTRODUÇÃO: A endodontia visa prevenir e tratar alterações patológicas na polpa dental e nos tecidos periapicais. Apesar das técnicas padronizadas, falhas podem ocorrer, tornando a cirurgia paraendodôntica uma alternativa em casos de insucesso endodôntico, especialmente diante de lesões periapicais persistentes. Desde os anos 1990, a microcirurgia endodôntica tem avançado com o desenvolvimento de instrumentos ultrassônicos e biomateriais, aumentando as taxas de sucesso para até 98%.RELATO DE CASO: Paciente do sexo masculino apresentou dor após tratamento endodôntico no dente 22. O exame clínico revelou uma fístula, confirmada por radiografia e tomografia, associada a uma lesão periapical causada por material obturador extravasado. Realizou-se uma cirurgia com retalho quadrangular, osteotomia exploratória e curetagem apical. Após remover 2 mm do ápice radicular, decidiu-se não realizar retrobturação, optando por encaminhamento para retratamento endodôntico. O fechamento foi feito com sutura simples, e o paciente foi orientado para acompanhamento. DISCUSSÃO:A decisão por cirurgia considerou a inflamação persistente e as limitações do retratamento convencional. Estudos indicam que fatores como resistência bacteriana e complexidade anatômica influenciam o insucesso endodôntico. A cirurgia permite o reparo de tecidos periapicais ao eliminar infecções e lesões. CONCLUSÃO: A microcirurgia paraendodôntica é eficaz em casos de insucesso endodôntico, favorecendo a preservação do dente e promovendo o reparo tecidual. O acompanhamento é essencial para avaliar a reparação e prevenir complicações.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.034-003