Resumen
A atuação fisioterapêutica é parte fundamental da equipe multiprofissional para promover qualidade de vida e conforto aos pacientes sobre cuidados paliativos, atuando na avaliação, prevenção e tratamento das disfunções apresentadas, sendo essencial para proporcionar conforto físico, emocional e funcional aos pacientes. O presente estudo caracteriza-se como uma revisão integrativa norteada a partir do seguinte questionamento: “Diante das publicações científicas é possível estabelecer um protocolo fisioterapêutico para pacientes paliativos? ”. Dessa forma, determina-se como objetivo do estudo pesquisar as produções científicas acerca das técnicas fisioterapêuticas utilizadas nos cuidados paliativos diante de um trabalho multiprofissional. Foi realizado uma revisão integrativa da literatura nas bases PubMed (National Library of Medicine and National Institutes of Health), BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), PEDro (Physiotherapy Evidence Database) e SciELO (Scientific Eletronic Library Online), utilizando os seguintes descritores: (“physiotherapy” AND “palliative care” AND “oncology” AND “neoplasm”). Incluindo no estudo apenas os periódicos 2017 a 2023 como limites de datas de publicação. Mediante os estudos analisados, observou-se que a fisioterapia atua de forma ativa diante das principais intercorrências relatadas por pacientes nos cuidados paliativos, utilizando técnicas como cinesioterapia, exercícios aeróbicos, exercícios resistidos, técnicas de fisioterapia respiratória, fisioterapia neurofuncional, TENS, massagem terapêutica, enfaixamento compressivo e liberação miofascial. Foi possível observar, por meio de análises e estudos, que a intervenção da fisioterapia desempenha um papel crucial nos cuidados paliativos, sendo considerada uma parte essencial e complementar dentro do contexto multiprofissional de tratamento. A abordagem fisioterapêutica nesse cenário visa não apenas aliviar sintomas físicos, como dor e fadiga, mas também promover qualidade de vida e bem-estar emocional para os pacientes. Entretanto, ao considerar a elaboração de protocolos específicos para determinadas condições apresentadas pelos pacientes em cuidados paliativos, nos deparamos com desafios significativos, onde é notável a escassez de estudos bem embasados nessa área, o que torna a definição de diretrizes e práticas baseadas em evidências uma tarefa complexa. A diversidade de casos e a individualidade de cada paciente também contribuem para a dificuldade em estabelecer protocolos padronizados.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.037-031