Resumen
Objetivos: O estudo visou explorar a associação estatística entre sintomatologia climatérica e função sexual em mulheres da etnia Pankararu. Desenho do estudo: Realizou-se um estudo descritivo transversal com 188 mulheres indígenas, com idade entre 35 e 65 anos, para qual obteve-se uma amostra de 108 mulheres que atendiam aos critérios de inclusão e exclusão, e responderam todos os três questionários: um socioeconômico e demográfico, o Menopause Rating Scale (MRS) e o Quociente Sexual versão Feminina (QS-F). O local do estudo foram os municípios de Tacaratu e Petrolândia, Pernambuco, Brasil, durante os meses de agosto e setembro de 2019. Principais medidas de resultado: Avaliação da intensidade da sintomatologia climatérica e da qualidade geral do desempenho/satisfação sexual. Resultados: A média de idade foi 44,4 anos, com a maioria (72,2%) entre 35 e 49 anos. A prevalência de sintomas climatéricos foi alta (67,6%), com intensidade diretamente associada à idade. Os sintomas mais intensos incluíam esgotamento físico e mental (16,7%), falta de ar, suores e calores (13,0%) e problemas musculares e nas articulações (12,0%). Em função sexual, 51,9% atingiram pontuação indicativa de disfunção sexual feminina e 35,2% das mulheres foram categorizadas como tendo um desempenho/satisfação ruim ou desfavorável e inversamente associada com a faixa etária, sendo que as piores foram nos domínios sexuais preliminares e conforto. Conclusões: Foi alta a prevalência de sintomas climatéricos entre as mulheres indígenas estudadas, com intensidade crescente conforme a idade e inversamente associado a um satisfatório desempenho/satisfação sexual, indicando uma associação entre o avanço da idade, o aumento dos sintomas climatéricos e a redução da qualidade da função sexual.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.037-021