Resumen
Este artigo tem como escopo a questão da emancipação pela arte a partir da filosofia de Jacques Rancière. Em sua obra O Mestre Ignorante, a emancipação é vista como uma afirmação da igualdade de inteligências que se dá desde o início do processo formativo em contraposição à ordem explicadora na qual há a necessidade da submissão da inteligência dos aprendizes ao mestre, o qual atesta a sua superioridade cognitiva por meio de explicações. Para tratar desta problemática, desenvolvemos a temática em três momentos. Na primeira parte, discutimos o que seria uma educação estética a partir da definição de educação e arte. Na segunda, abordamos o conceito de emancipação como ponto de partida de uma prática em que o mestre é um agente que organiza o processo de ensino-aprendizagem, porém não domina a inteligência por pressupor uma igualdade de capacidade cognitiva. Na última parte, tratamos do que seria esta prática emancipatória do estudante dentro do universo da arte. Nesse sentido, o aprendizado e a prática artística são compreendidos como caminhos de autonomia e liberdade ao conduzir o ser humano ao reconhecimento da igual capacidade de sentir, entender e expressar a poesia do mundo.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.037-013