Resumen
A deficiência intelectual é caracterizada por limitações significativas no funcionamento intelectual e adaptativo, afetando uma parte substancial da população global, com prevalência estimada entre 1% e 3%, sendo maior em homens e em países em desenvolvimento. O conceito evoluiu de uma visão simplista para uma abordagem mais abrangente, considerando tanto déficits cognitivos quanto desafios adaptativos. A etiologia da condição é multifatorial, com causas genéticas e ambientais, e o diagnóstico baseia-se em testes de QI e avaliações de comportamento adaptativo. Classifica-se em leve, moderado, grave e profundo. Este artigo de revisão sistemática examina definições, classificações, etiologias e intervenções ao longo da vida de pessoas com deficiência intelectual. Inclui estudos publicados entre 2000 e 2024, em inglês ou português, nas bases PubMed, Scopus, Web of Science, PsycINFO e SciELO. A análise dos dados será qualitativa e, quando aplicável, incluirá meta-análise, utilizando ferramentas específicas para avaliar a qualidade dos estudos. As intervenções para deficiência intelectual envolvem uma abordagem multidisciplinar, com ênfase em estratégias comportamentais e suporte familiar, além do manejo de comorbidades. A revisão destacou a necessidade de intervenções precoces e contínuas para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos e suas famílias, bem como a importância de políticas públicas direcionadas. Também identificou lacunas na literatura, especialmente em relação à variabilidade dos estudos, sugerindo a necessidade de mais pesquisas robustas para o desenvolvimento de estratégias de manejo eficazes.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.030-011