Resumen
Contexto: O estudo explora como os organismos unicelulares evoluíram para multicelulares, com foco nos mecanismos de adesão celular como fator determinante nessa transição. As algas Volvocaceae evoluíram para formar colônias multicelulares, onde as células se comunicam por meio de pontes citoplasmáticas. Em contraste, os animais multicelulares desenvolveram junções complexas, como junções tipo gap e desmossomos, que permitem a comunicação e adesão entre células. A adesão celular é crucial para a formação de estruturas multicelulares, assegurando coesão e comunicação entre células.
Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica entre 2000 e 2024, utilizando bases de dados como Web of Science, Zoological Record e Google Scholar. Os termos de busca incluíram “Adesão Celular”, “Junções Intercelulares”, “Tecidos” e “Algas Verdes”. Somente artigos revisados por pares que comparavam a evolução dos mecanismos de comunicação entre células das algas Volvocaceae e dos animais multicelulares foram incluídos, excluindo-se estudos narrativos e editoriais.
Resultados: Os resultados indicam que animais e algas Volvocaceae seguiram diferentes trajetórias evolutivas no desenvolvimento de junções celulares. Os animais desenvolveram junções complexas, como desmossomos e junções tipo gap, essenciais para a comunicação e adesão celular. Em comparação, as algas Volvocaceae mantiveram mecanismos mais simples de adesão, utilizando pontes citoplasmáticas e conexões com a matriz extracelular para manter a coesão celular nas colônias, sem a sofisticação das junções observadas nos animais.
Conclusão: A análise comparativa revela que, embora tanto os animais quanto as algas Volvocaceae tenham evoluído para a multicelularidade, os animais desenvolveram junções celulares mais avançadas, enquanto as algas optaram por estratégias mais simples de comunicação e adesão. Isso ilustra a diversidade de caminhos evolutivos que sustentam a multicelularidade em diferentes grupos.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.029-010