Resumen
O presente artigo, cuja pesquisa é de natureza bibliográfica objetiva apresentar contribuições da professora, diretora e deputada Antonieta de Barros na formação da sociedade catarinense, na perspectiva da universalização do direito à instrução e, por meio da conquista desse direito, o acesso ao conjunto de direitos políticos da população, analisado com base nas reflexões de historiadores como Michel de Certeau (2020) e Sidney Chalhoub (2010). Em um contexto de franca consolidação de estruturas racistas, classistas e machistas, Antonieta formou-se e afirmou-se como grande intelectual; colunista, diretora e colaboradora de periódicos; competente professora e diretora escolar; além de respeitada parlamentar, e reformulou elementos relevantes da legislação educacional desse estado como a mudança de conteúdos das escolas profissionais femininas, incluindo os conteúdos de instrução; a criação e regulamentação dos cargos de Diretor de Grupo Escolar e Inspetor Escolar, e ainda que o acesso a esses cargos ocorresse por meio de concursos; a criação do Dia do Professor, como feriado escolar; além de lutar por universalização da instrução e do ensino secundário. Entre as principais conclusões, defende que seu protagonismo e exemplo contribuíram para a afirmação do direito à instrução, à produção intelectual e à participação política de grupos subalternalizados; naquele contexto, as mulheres, a população negra e a população pobre, em Santa Catarina e no Brasil.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.027-008