Resumen
Plásticos são materiais sintéticos produzidos através da polimerização de monômeros derivados de petróleo ou gás. Os resíduos plásticos causam diversos problemas, afetando o meio ambiente, a vida marinha, a biodiversidade e o funcionamento dos ecossistemas. Fragmentos plásticos podem ser ingeridos por várias espécies, ocorrendo registros em sistema digestivo de diversos organismos. Os microplásticos (MPs) incluem pequenas partículas plásticas que variam de 1 μm a 5 mm de tamanho e atualmente são identificadas como um dos contaminantes ambientais emergentes de maior preocupação nos ecossistemas aquáticos, especialmente no meio marinho. Microplásticos podem ser transportados para o interior do organismo por contato dérmico, ingestão, inalação e transferência através da cadeia alimentar. A bioacumulação de MPs pode causar lesões internas e externas, úlceras, bloqueio do trato digestório, entre outros efeitos letais e subletais. Os microplásticos que entram no corpo humano podem conter produtos químicos que causam câncer, mutações no DNA, efeitos tóxicos na reprodução, disrupção hormonal e afetar vários órgãos. Fontes recorrentes de microplástico para o sistema aquático são esgoto, sistemas de drenagem, desgaste de pneus e resíduos plásticos mal gerenciados ou descartados em praias. A contaminação por microplástico gera diminuição dos estoques pesqueiros, influenciando populações que vivem no entorno de ambientes contaminados, como ocorre com a população que reside próximo ao Terminal de Uso Privativo da ALUMAR, São Luís, Maranhão. Logo, pesquisas com microplásticos são de fundamental importancia para a melhoria na qualidade de vida da população e do meio ambiente e podem estar associadas a vários Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.018-066