Resumen
A doença de Alzheimer é neurodegenerativa e pode ter característica esporádica, muitas vezes associada com falhas na proteostase, relacionada aos processos de envelhecimento do indivíduo. Também pode apresentar uma contribuição hereditária, principalmente nos casos em que aparecem precocemente nos pacientes. A cascata amiloide, principal responsável pelo desenvolvimento da patologia, envolve eventos de fragmentação da proteína precursora amiloide (APP) por peptidases conhecidas como beta e gama secretases, gerando uma quantidade aumentada de um fragmento proteico pouco solúvel, que se deposita no espaço interneuronal, formando as placas amiloides. Alterações fisiológicas levam a mudanças estruturais na proteína tau, um componente dos microtúbulos neuronais, que quando hiperfosforiladas por quinases celulares, se agregam formando novelos neurofibrilares. A progressão desses depósitos proteicos induz a perda sináptica e neuronal, por ativarem as células da glia que liberam citocinas pró-inflamatórias, gerando atrofia principalmente no hipocampo e córtex cerebral. Os principais tratamentos disponíveis até então para controlar a doença de Alzheimer são pouco alentadores já que não atuam efetivamente nas amiloidoses. Estudos mais recentes envolvem a produção de anticorpos monoclonais capazes de interagirem com os fragmentos proteicos, desfazendo essas placas senis. Embora representem um avanço significativo, é importante considerar os riscos e efeitos colaterais potenciais desses medicamentos.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.016-023