Resumen
As arboviroses dengue, Zika e Chikungunya são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. O principal mosquito vetor, Aedes aegypti, tem ampla distribuição no país, incluindo o Distrito Federal. Ações de controle das formas imaturas do vetor são recomendadas para prevenir surtos e epidemias dessas arboviroses. Entretanto, as execuções de muitas destas ações de controle não são suficientes no contexto atual, que requer que os Agentes de Controle de Endemias entrem em pelo menos 80% das residências. Isso é evidente na Região Administrativa de Planaltina no Distrito Federal do Brasil, onde foi realizado este estudo. Neste sentido, foi avaliada a metodologia de aplicação espacial de larvicida utilizando o Bacillus thuringiensis israelensis (Bti) em equipamento montado em veículo com a tecnologia Wals®️ comparada com a metodologia da aplicação tradicional de tratamento focal de criadouros pelos Agentes de Controle de Endemias e com a aplicação costal motorizada perifocal, além de avaliar a dispersão do produto nas duas áreas Wals®️ e costal. O estudo foi realizado ao longo de 2022, na região conhecida como Estância. Os resultados obtidos mostram que a os índices IPO, IDO e IMO, ao longo das semanas epidemiológicas do estudo, foram menores na área de aplicação espacial através de veículo com tecnologia Wals®️, quando comparados com a área de aplicação costal e a área de aplicação focal. No entanto, observa-se que a maioria dos valores-p foi superior a 0,05, indicando que não foi observada diferença significativa entre as áreas, exceto para o índice IMO entre as Áreas I e III, que apresentaram um valor-p de 0,043. Com relação aos recipientes expostos, observou-se maior mortalidade nos recipientes, tanto nos expostos no lote quanto nos protegidos em comparação com o controle. Conclui-se que a aplicação do Bti tanto espacial com tecnologia Wals®️ quanto com equipamento costal pode ser uma alternativa para o controle de Aedes.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.011-012