Resumen
As fronteiras enquanto delimitações simbólicas que filtram relações entre sujeitos e grupos de sujeitos, cumprem sempre uma função política; delimitar no âmbito dessas relações, a hierarquização de atores/atrizes sociais e dos seus corpos, segundo uma determinada política de sexos, géneros, classe social, raça, cor, etnicidade ou proveniência geográfica. O objetivo deste texto, é demonstrar como corpo e cultura, através da performatividade, são simultaneamente objetos e agentes da sua produção enquanto ilegais ou normativizados, originando a emergência de sujeitos em interação. Para tal, recorreremos a uma análise que estabelece um paralelismo entre as migrações de género e geográficas, procurando demonstrar como os processos de transposição de fronteiras, quer num caso, quer noutro, apresentam similaridades que nos permitem aplicar as suas grelhas analíticas a ambos com caráter de reciprocidade simbólica.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.010-040