Resumen
Introdução: Em dezembro de 2019, autoridades chinesas notificaram a OMS sobre uma epidemia de pneumonia, em Wuhan, província de Hubei, China. Em fevereiro de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) nomeou essa doença como COVID-19. Até janeiro de 2021, mais de 1,8 milhões de pessoas foram a óbito, número que contrasta com os 140 milhões de nascimentos nesse período. Objetivo: analisar o estado da arte acerca das repercussões da COVID-19 em grávidas, no feto e recém-nascido. Métodos: trata-se de uma revisão integrativa da literatura nos bancos de dados virtuais PubMed, LILACS e Medline utilizando os descritores “COVID-19”, “Pregnancy” e “Vertical transmission”. Resultados: grávidas infectadas pelo SARS-CoV-2 tendem a apresentar sintomas mais brandos. Entretanto, gestantes com COVID-19 estão mais propensas a desenvolver um estado pró-inflamatório durante o período de atividade viral, fato observado pelo aumento da incidência de aborto espontâneo, parto cesárea ou prematuro, sofrimento fetal agudo, morte fetal intraútero, ruptura prematura de membranas ovulares e crescimento intrauterino restrito. No entanto, ainda não existem evidências que comprovem estas associações. Além disso, não é claro se existe transmissão vertical. A amamentação é recomendada pela OMS, independente do estado sorológico materno e neonatal. Conclusão: Apesar das medidas de isolamento social, a rotina de pré-natal não deve ser afetada, a fim de que se diagnostique precocemente complicações decorrentes da COVID-19 no curso da gestação. Não existe indicação formal de cesariana; a OMS recomenda a amamentação e o clampeamento tardio do cordão não aumenta o risco de transmissão vertical.
DOI:https://doi.org/10.56238/ciesaudesv1-045