Abstract
O Agente Comunitário de Saúde (ACS) é o profissional responsável por fortalecer o vínculo entre a comunidade e as equipes de Saúde da Família. Devido sua relevância, as condições de trabalho desta categoria interferem substancialmente nas experiências da equipe, portanto, os aspectos que influenciam a saúde e a qualidade de vida dos ACS, dos quais inserem-se demandas osteomioarticulares - como queixas de quadros álgicos e suas associações, emergem como potencial temática para pesquisas no campo da Saúde Coletiva. Assim, este capítulo descreve, através de uma revisão bibliográfica sistemática, os distúrbios musculoesqueléticos de Agentes Comunitários de Saúde predominantes na produção acadêmica da última década. Ademais, oferece os resultados e análise de pesquisa de campo realizada em um estudo desenvolvido com 26 agentes comunitários do município de Barbacena, Minas Gerais. A análise do material produzido evidencia que (1) a rotina de trabalho dos agentes comunitários de saúde está, de fato, relacionada à distúrbios osteomioarticulares, aspecto desenvolvido no tópico “Distúrbios musculoesqueléticos: uma topografia do acometimento musculoesquelético e seus desencadeadores segundo a literatura.”; (2) as condições de trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde afetam a saúde funcional, o desempenho laboral e a qualidade de vida, o que é discutido no item “A carga psíquica e a qualidade de vida dos Agentes Comunitários de Saúde” e avalia a realidade dos ACS da cidade de Barbacena conforme a produção acadêmica sobre o assunto em “Distúrbios musculoesqueléticos dos agentes comunitários de saúde do município mineiro de Barbacena: dados de uma pesquisa de campo”. Os autores concluem como é importante intervir nos aspectos descritos na literatura, considerando sua relação com a queda de produtividade, insatisfação e, em situações extremas, a síndrome do esgotamento profissional.
DOI:https://doi.org/10.56238/cienciasaudeestuepesv1-057