Abstract
A mastite bovina é uma das principais doenças que afetam a pecuária leiteira, resultando em prejuízos econômicos e impactos na saúde animal e na qualidade do leite. O tratamento convencional com antibióticos enfrenta desafios crescentes devido à resistência antimicrobiana, impulsionando a busca por alternativas naturais e sustentáveis, como o uso de fitoterápicos e óleos essenciais de plantas medicinais. Estudos recentes destacam o potencial de diversos extratos vegetais com propriedades antimicrobianas. Pesquisas demonstraram a eficácia de plantas como Psidium cattleianum, Tagetes minuta e Psidium guajava contra Staphylococcus aureus e Corynebacterium bovis. Outros estudos indicaram que óleos essenciais de espécies como Origanum vulgare, Zataria multiflora e Thymus vulgaris são eficazes no controle da mastite, reduzindo contagens bacterianas e células somáticas, além de melhorar as condições clínicas dos animais. Experimentos realizados com modelos animais e vacas leiteiras mostraram resultados promissores. Óleos essenciais, aplicados de forma intramamária ou tópica, demonstraram efeitos antimicrobianos, imunomoduladores e anti-inflamatórios, sem comprometer a qualidade do leite ou causar efeitos adversos significativos. O uso de alternativas naturais, como fitoterápicos e óleos essenciais, pode reduzir a dependência de antibióticos, minimizar riscos de resíduos químicos no leite e proporcionar uma abordagem mais sustentável no manejo da mastite. A combinação dessas estratégias com práticas de manejo higiênico e diagnósticos precoces é essencial para um controle eficaz e integrado da doença, beneficiando a saúde animal e a produção leiteira.
DOI: https://doi.org/10.56238/sevened2024.037-118