Abstract
O objetivo deste estudo foi fazer uma reflexão sobre os princípios da autonomia e dignidade da pessoa relacionando-os à ética em saúde nas práticas hospitalares. O indivíduo tem a oportunidade de planejar antecipadamente os cuidados com sua saúde por meio das diretivas antecipadas de vontade. Na relação médico-paciente, esse princípio é fundamental onde substitui a antiga autoridade do médico pela consideração do paciente como um participante ativo no processo de tratamento, porém alguns médicos enfrentam dificuldades em discutir questões de fim de vida devido a fatores como desconforto pessoal, falta de tempo, treinamento insuficiente, recursos limitados ou a percepção de que os pacientes podem se sentir desconfortáveis. Neste sentido apresentamos uma construção teórica e prática destes princípios e seus benefícios na qualidade de vida. Embora no Brasil não exista uma lei regulamentando as diretivas antecipadas, o Conselho Federal de Medicina publicou a Resolução 1995/2012 em que norteia o planejamento antecipado de cuidados para facilitar o trabalho da equipe de saúde diante de dilemas éticos complexos do início ao fim da vida como o fundamento das decisões compartilhadas de cuidado.
DOI:https://doi.org/10.56238/sevened2024.031-074