Abstract
Crenças populares e recursos não convencionais, utilizados na solução de problemas de saúde, configuram - se para a população em geral como fatores extremamente ligados a aspectos socioculturais, por isso devem ser considerados como relevantes quando se avalia o indivíduo como um ser integral, pertencente a um processo histórico. Diante destes aspectos, objetivou-se neste estudo compreender a relação dos profissionais de saúde com as práticas atreladas ao conhecimento tradicional dos usuários dos serviços públicos de saúde, com especial atenção àqueles oriundos de uma comunidade quilombola situada no Estado de Alagoas, Nordeste do Brasil. Tratou-se de um estudo descritivo-exploratório, com abordagem qualitativa. A coleta das informações foi realizada por meio de entrevistas guiadas por roteiro semiestruturado. Os dados foram analisados segundo a técnica de Análise de Conteúdo, tipo Modalidade Temática através de categorias. Entre os resultados destacam-se os profissionais que concordam com o uso de tratamentos decorrentes de conhecimento tradicional como forma de prevenir ou tratar alguma doença, porém em conjunto com o tratamento da medicina convencional. É de extrema importância que os profissionais que trabalham com saúde se conscientizem que as práticas existentes para tratar ou prevenir as doenças é parte da cultura e que os saberes da população têm forte influência na escolha dos métodos utilizados por cada indivíduo.
DOI:https://doi.org/10.56238/ciemedsaudetrans-041