Abstract
Neste artigo procuramos discorrer sobre o silêncio imposto por conta do timbre de voz. Voz que silencia; que destoa do padrão cultural homem/mulher. O que leva, segundo análises de narrativas colhidas em “ouças” - pesquisa sobre os preconceitos sofridos pela população LGBTQIA+ realizada em uma escola da rede pública estadual, na Bahia, a sofrer preconceito, por conta da voz (timbre), atribuído à voz feminina. Este texto é um recorte da pesquisa de mestrado, procurando compreender como ocorrem os diversos tipos de preconceitos. Durante a pesquisa, algumas falas dos participantes evidenciaram o quanto o silenciam para não evidenciar suas falas e sofrer discriminação, como também evidenciam que a voz máscula (tida como padrão), seria um passaporte para ser aceito e se enquadrar nos padrões estabelecidos em que a voz é atribuída de acordo com o gênero aceito. Sob um contexto de análise de discurso.
DOI:https://doi.org/10.56238/futuroeducpesqutrans-038