Abstract
O objetivo desse trabalho foi avaliar as diferentes formas de manejos zoossanitários aos quais os bovinos de tração (carro de boi) são submetidos, resgatando a cultura e a origem desse secular meio de transporte. Com ênfase na seleção genética e escolha racial, manejo racional, sanidade, localização geográfica e no controle das principais endoparasitoses desses animais. Foram entrevistados 164 carreiros, no dia do desfile da romaria da festa do Divino Pai Eterno em Trindade, Goiás, Brasil em julho de 2019. Foi aplicado um questionário e foi realizado a análise das amostras de fezes, pela técnica do OPG. Através da estatística descritiva, foram obtidos dados em relação à frequência de parâmetros avaliados. Os municípios de Anicuns (10,97%), Trindade (7,92%), Inhumas e Ouro Verde (6,70%), foram os que mais tiveram representantes naquele ano. Quanto ao uso de vermífugos, 75,61% usam algum composto químico, 20,73% deles não informaram ou não usam e 3,66% não souberam responder. A raça caracu foi a que mais predominou com 43,90%, seguido da nelore (9,14%) e do curraleiro e mestiço com 7,93%. São animais bem criados, rústicos, fortes e resistentes. Os principais parasitas encontrados foram os protozoários do gênero Eimeria sp. (17,52%), os estrongilídeos (6,18% com infecção alta) e o cestódeo Moniezia sp. (1,03%). Pode-se concluir que, a vermifugação usada pelos carreiros associada à prática de manejos corretos e adequados, não eximem esses ruminantes das infecções parasitárias. O risco epidemiológico-sanitário quanto ao deslocamento e aglomeração desses ‘’bois de carros’’ na romaria dos carreiros, mostrou ser insignificante, frente aos resultados obtidos.
DOI:https://doi.org/10.56238/tecnolocienagrariabiosoci-032