Abstract
Antecedentes: O termo Burnout deriva da palavra inglesa “burn”, que significa queima, e “out”, que tem o sentido de exterior, sugerindo um desajuste entre o indivíduo e o seu meio ambiente. Este estudou procurou identificar as dimensões e fatores desencadeantes de Burnout em profissionais de cuidados paliativos e terapia intensiva.
Método: Realizou-se um estudo do tipo descritivo, com abordagem quantitativa, transversal e aleatório, que envolveu 20 profissionais em cuidados paliativos e 30 em terapia intensiva que integram serviço de oncologia, ofício de referência da Amazônia Ocidental, a partir da ferramenta Maslach Burnout Inventory – MBI, cujas dimensões foram investigadas no grupo avaliado a partir das medidas descritivas (média, desvio-padrão, mínimo, mediana e máximo), fatores desencadeantes e relações por meio da ANOVA de Kruskal-Wallis.
Resultados: Dos 50 profissionais avaliados, 70% é do sexo feminino, faixa etária predominante de 29 a 39 anos (38%) e a maioria solteiros (40%), sendo as dimensões de Burnout: Despersonalização 20,6%, Eficácia Profissional 18,6% e Exaustão Emocional 12,4%. Fatores desencadeantes observados: Sexo: nível mais alto no feminino (p = 0,043) e interferiu nos valores da exaustão emocional; Pensar em desistir do trabalho: interferiu significativamente nos valores da exaustão emocional (p = 0,016); Cansaço ou fadiga: esteve significativamente relacionado à exaustão emocional (p= 0,023);Ter dificuldade para dormir: interferiu significativamente na dimensão da eficácia profissional (p = 0,014) Questão Bioética: interferiu significativamente na dimensão da eficácia profissional (p = 0,016).
Conclusões: Os resultados sugerem a existência de subescalas altas nas dimensões de Burnout nos profissionais deste serviço, desencadeado por variáveis sociodemográficas, profissionais e psicossociais.
DOI:https://doi.org/10.56238/cienciasaudeestuepesv1-046