TRAJETÓRIA E PROTAGONISMO DE MULHERES DENTRO DA UNIVERSIDADE: UM OLHAR DE CURA E LIBERTAÇÃO FEMININA
Keywords:
trajetórias, protagonismo, mulheres, comunidade de aprendizagem, curaAbstract
O presente estudo teve como objetivo pesquisar e analisar sobre o protagonismo de mulheres dentro da universidade pública, no Baixo Amazonas, considerando, sobretudo, movimentos de cura e libertação na comunidade de aprendizagem. Ancorados no pensamento de bell hooks que estabelece conexões entre cura, libertação e comunidade de aprendizagem, compreende- se que o espaço educacional, para além da aprendizagem é também espaço de educação para a consciência crítica. A educação possibilita que sujeitos históricos ecoem suas vozes marginais e busquem a partir da coletividade e do engajamento a transformação de si e da realidade. Desse modo, o estudo buscou entender como se dá a trajetória de escolarização de mulheres e homens pertencentes à Universidade Federal do Amazonas, no Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia. Metodologicamente, o estudo considerou: diário de pesquisa, as conversas, as rodas de conversa e a escrita narrativa. Desse modo, nove estudantes foram convidados a participar de um grupo de estudos que, durante o período de um ano, se reuniram para conversar, ler, escrever, e narrar suas histórias de vida e estudantil. Os dados apresentados configuram-se em percepções e elaboração da pesquisadora responsável pelo projeto. Foram, portanto, considerados as narrativas e escritas de si, a partir da perspectiva metodológica epistemológica dos estudos (auto)biográficos em educação, narrativas de si e epistemologia feminista negra, tendo como referência teórica principal bell hooks. Os registros do estudo foram feitos no diário de pesquisa em forma de escrita narrativa durante as conversas, rodas e tempos de escrita de si dos participantes da pesquisa. Depois foram transcritas para o computador e feitas escolhas para poder emergir no trabalho de pesquisa. Os resultados do estudo revelam três categorias importantes: cuidado institucional, ciclo Maria, ancestralidade. Estas categorias nos permitem vislumbrar que o ecoar destas vozes amazônidas, o reconhecimento de suas trajetórias de vida e percursos formativos são cruciais no interior da Universidade. Este espaço pode ser espaço de cura e libertação. A Universidade contra hegemônica e contra colonial, por meio de propostas libertadoras, críticas e engajadas podem possibilidades a construção de comunidades de aprendizagens, onde as pessoas podem de fato ser sujeitas e protagonistas de suas histórias.
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