Abstract
A depressão é o termo designado para indicar uma alteração do humor patológica, persistente e inapropriada. Os principais sinais e sintomas estão relacionados com o humor deprimido e a anedonia em atividades diárias. A obesidade é uma doença crônica não transmissível de origem multifatorial, definida pelo acúmulo excessivo de tecido adiposo. Segundo a OMS, 246 milhões de pessoas tiveram o diagnóstico de depressão em 2020, enquanto, mais de 1 bilhão de pessoas no mundo se encontram obesas em 2022. Vários fatores podem influenciar na sua etiologia, incluindo distúrbios endócrinos, maus hábitos alimentares, fatores genéticos e alterações psicológicas. A relação entre a obesidade e a depressão é bidirecional, podendo uma influenciar na outra. É comum que o paciente obeso sofra com preconceito enraizado na sociedade, onde existe uma idealização do corpo perfeito, levando o indivíduo a desenvolver uma baixa da autoestima que corrobora para a intensificação dos sintomas depressivos. Ademais, o paciente depressivo tem tendência ao ganho de peso, principalmente em paciente que cursam com manifestações somáticas de aumento do apetite e sedentarismo resultante da falta de prazer em atividades, isolamento social e fadiga. Percebeu-se que as implicações biológicas da obesidade acarretam em prejuízos psicológicos, neuro-hormonais e nos índices de depressão.
DOI:https://doi.org/10.56238/ciesaudesv1-070