Perfil epidemiológico dos pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio com circulação extracorpórea em hospital de referência do Maranhão

Autores

  • Emilly Reis de Albuquerque Moraes
  • Adna Cristina da Silva Pereira
  • Aline Ferreira Mendes
  • Andreia Sena Sousa Aguiar
  • Jamil dos Santos Neto
  • João Pedro Pimentel Abreu
  • Kauã Manuel Costa Araújo
  • Pedro Washington Nascimento de Souza
  • Lydia Kedine Leite Chicar
  • Vinicius José da Silva Nina

Palavras-chave:

Perfil epidemiológico, Cirurgia de revascularização do miocárdio, Circulação extracorpórea, Maranhão.

Resumo

A revascularização do miocárdio é um procedimento indicado em situações na qual existem obstruções significativas nas artérias coronárias. Dessa forma, tendo em vista a heterogeneidade da população brasileira, objetivou-se analisar o perfil epidemiológico dos pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio com circulação extracorpórea no Maranhão. Trata-se de um estudo coorte analítico, longitudinal, descritivo e retrospectivo, realizado no Serviço de Cirurgia Cardiovascular em um hospital de referência em São Luís - Maranhão. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa sob parecer consubstanciado n° 6.678.093. Com amostra composta por 104 pacientes submetidos à cirurgia entre janeiro de 2022 e julho de 2023. Os critérios de exclusão foram pacientes em que não foi utilizado circulação extracorpórea e que submeteram-se à cirurgia cardíaca associada, como troca valvar e correções congênitas. No período analisado, avaliou-se 102 indivíduos com idades entre 41 e 88 anos, com média de 63,9 anos. Os fatores de risco cardiovascular encontrados foram: hipertensão arterial sistêmica (81,40%), diabetes mellitus (52,90%), dislipidemia (25,50%), tabagismo (40,20%) e etilismo (33,30%). Identificou-se histórico de infarto agudo do miocárdio em 36,30% dos casos. Predominância de pacientes masculinos (65,69%) e pardos. A mortalidade observada foi de 12,70%. Os dados analisados condizem com a literatura. Entretanto, alguns artigos afirmam que a etnia predominantemente é a branca, o que vai contra o presente estudo, com predominância da etnia parda. A possível hipótese para justificar esse achado é o fato da hipertensão, comorbidade de maior incidência, ser predominante na etnia preta ou parda. Portanto, esta descoberta ressalta a importância de investigações contínuas acerca de características epidemiológicas e de aspectos sociais que são determinantes para essa variação, a fim de identificar de forma precisa essas alterações e aprimorar os desfechos clínicos de futuros diagnósticos no Maranhão.

 

DOI: https://doi.org/10.56238/homeIVsevenhealth-045

Publicado

2024-06-08