Tumor odontogênico adenomatóide de grande extensão: Relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.56238/isevjhv3n2-012Palavras-chave:
Cirurgia bucal, Neoplasias maxilares, Patologia bucal.Resumo
O tumor odontogênico adenomatóide (TOA) é uma neoplasia benigna, incomum, de origem epitelial odontogênica, acredita-se que é originado dos restos da lâmina dentária ou do órgão do esmalte, representando de 2-7% de todos os tumores odontogênico. Clinicamente, apresentam crescimento lento, assintomáticos, e raramente excedem 3,0 cm de diâmetro. O TOA tem três variantes clínico-patológicas distintas sem quaisquer diferenças clínicas e radiográficas relevantes entre si: folicular intraósseo (associada a impacção de dentes compondo geralmente 70% dos casos); extra folicular intra-ósseo (presente entre os dentes erupcionados, representando 25% dos casos); e periférico (extra-óssea, 5% dos casos). Este trabalho tem como objetivo relatar um caso de tumor odontogênico adenomatóide de grande extensão e agressivo. Paciente, sexo masculino, 13 anos de idade, cursando com um aumento de volume em maxila a direita com evolução de 01 mês. Ao exame físico notou-se aumento de volume em terço médio de face a direita, causando assimetria facial, ao exame intra-oral notou-se abaulamento em fundo de vestíbulo maxilar a direita de consistência firme, mucosas com aspecto de normalidade, ausência de unidade dentária 13, oclusão dentária estável, boa abertura bucal, higiene oral insatisfatória. Ao exame de imagem (Tomografia de face) notou-se imagem hipodensa em região de maxila a direita, osteolítica, bem circunscrita, com halo radiopaco, causando expansão de corticais ósseas sem rompimento delas, associada a unidade dentária 13 inclusa e impactada. Realizou-se enucleação e curetagem completa da lesão da lesão e exodontia da unidade 13 associada, e se observou no transoperatório uma lesão apresentando um capsula fibrosa. O paciente encontra-se em acompanhamento com a equipe, sem sinais de recidiva até o momento. Desse modo, apresenta-se uma evolução rápida e agressiva, sendo perceptível e confundida clinicamente com o comportamento de um amelolastoma, entretanto o diagnóstico histopatológico de TOA foi confirmado, além disso a lesão respondeu bem a técnica cirúrgica conservadora através da enucleação e curetagem, apresentando um excelente resultado.