Metodologia ativa no ensino da anatomia humana: Preparo de esqueletos provenientes de exumações cemiteriais
DOI:
https://doi.org/10.56238/isevjhv2n6-008Palavras-chave:
Ossos, Cemitério, Educação, Medicina forense.Resumo
Introdução: O estudo e o ensino de anatomia humana são processos importantes para compreender como o corpo humano se apresenta e se relaciona com as outras espécies. As técnicas de osteologia são importantes para a classificação de variações anatômicas, ferramentas de pesquisa científica e uso didático, e é realizada por meio da limpeza física, química ou biológica de ossos para preservação do esqueleto. Objetivo: Preparar, conservar, descrever e catalogar as ossadas humanas do Laboratório de Anatomia Humana do Centro Regional Universitário de Espírito Santo do Pinhal, UniPinhal. Método: 50 esqueletos humanos completos foram doados ao Laboratório de Anatomia Humana da UniPinhal e passaram pelo processo de limpeza geral e específica, desinfecção, clareamento, secagem, descrição, catalogação em banco de dados próprio, conservação e armazenamento. Resultado: Todas as 50 ossadas passaram por todos os processos, sendo que 30% apresentaram bom estado de conservação, 55% médio ou ruim e 15% apresentaram achados patológicos, como malformações ósseas, fraturas e consolidações ósseas viciosas. A média da idade no ato da morte foi de 64 ± 16 anos. A maioria era do sexo masculino (67%, n = 33) e de cor declarada como branca (57%, n = 28). A causa de morte mais comum foi choque séptico (31%, n = 15) e estima-se que 40% (n = 20) das mortes foram de causa não natural. Um total de 5729 ossos foram catalogados no banco de dados. Conclusão: As ossadas masculinas e de cor declarada como branca são as de maior número no ossário, sendo que um terço estava em bom estado de conservação para uso em aulas práticas, pesquisas científicas, estudos anatômicos e forenses por parte dos estudantes dos cursos da Saúde.